Empreendedoras baianas mudam a realidade de suas comunidades por meio de projetos inclusivos
Por: Ana Beatriz, Lucas Matos, Rafael Rocha e Vanessa Damasceno
Em meio a agitação soteropolitana, onde a correria da cidade ofusca desfavorecimento de comunidades e seus jovens, 8 mulheres resolveram transformar a realidade de pessoas ao seu redor. A vontade de democratizar acesso a serviços essenciais e promover cultura por meio de novos artistas, marca a jornada incansável das empresárias da Casa Crioll’As e de Edmilia Barros, idealizadora do Sons do Subúrbio, em desenvolver a comunidade em que vivem desempenhando suas profissões.
No coração das histórias desses projetos, percebemos o elo que as une: o desejo de oferecer o que as mesmas não tiveram. Idealizados por mulheres pretas e pardas, que cresceram nas comunidades da Capital e se tornaram referência, esses empreendimentos carregam em sua essência o compromisso de dar voz a quem a sociedade insiste em ignorar.
A força de seus relatos, a coragem de enfrentar as dificuldades e a paixão de seguir em frente são o que move essas mulheres. E é por meio dessas histórias e do impacto ofertado por elas que entenderemos a verdadeira importância que essas ações têm na cidade de Salvador.
Mulheres Que Transformam Realidades
A Ascensão Feminina na Transformação das Comunidades
O protagonismo das mulheres empreendedoras em Salvador brilha de forma admirável, despontando em inúmeras frentes, e o compromisso dessas líderes com a inclusão social é um verdadeiro exemplo do poder transformador que possuem. Dados do IBGE, em 2022, revelam que 54,4% da população soteropolitana é composta por mulheres. Elas são mães, filhas, trabalhadoras e sonhadoras que, mesmo diante da desigualdade de gênero e dos altos índices de pobreza, demonstram uma resiliência constante. É nesse cenário de adversidades que florescem lideranças femininas, que não apenas sobrevivem, mas ousam transformar suas realidades e a de quem as cerca.
Em 2020, um levantamento realizado pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME) evidenciou que 34% dos empreendimentos sociais no Brasil são liderados por mulheres, muitas das quais estão à frente de projetos que buscam solucionar questões que já vivenciaram como a desigualdade de gênero. Essas empreendedoras, além de superarem seus próprios desafios, se tornam referência para suas comunidades através dos seus projetos, abrindo caminhos e criando espaços onde antes havia exclusão.
Por meio de empreendimentos que promovem cultura, saúde e educação, elas mudam não só o presente, como também moldam o futuro. Dessa forma, suas ações são os pilares de uma sociedade mais justa e sustentável. Cada iniciativa liderada por essas baianas é um ato de resistência, uma esperança de mudança que ilumina os cantos mais esquecidos da cidade.