Por Riane Bernardes

Literatura infantil é uma ferramenta na construção identitária

Bienal do Livro Bahia 2024 foi um excelente momento para estudantes estarem em contato com literatura representativa

Por Riane Bernardes

Com temática voltada as histórias que a Bahia conta, a Bienal Do Livro 2024 fez da capital baiana um local de (re)encontro entre a Bahia e o Brasil. O evento aconteceu do dia 26 de abril a 1 de maio e foi o entretenimento do público de diferentes idades, mas é claro que o mundo literário é sempre um fascínio a mais para as crianças.  A literatura infantil sobretudo tem cada vez mais destaque, já que são através dessas histórias que os pequenos leitores criam as próprias conclusões de construção identitária.

O escritor Ricardo Jaheem é carioca e participou da feira como representante de dois livros: Adebumi, Meu Verdadeiro Nome e Luena Gaba, para ele que é através da leitura que notamos a possibilidade da construção da própria identidade. “Muito da minha inspiração vem do matriarcado em que vivi. Ser criado por mulheres facilitou a criação de histórias sobre identidade racial positiva em que as crianças se enxergam na posição de realeza com cuidado e afeto”, diz.

Ainda sobre o que a literatura promove, Ricardo acrescenta que é um estimula ao desenvolvimento intelectual desde a infância. “O principal ponto da literatura é conceder a visão pessoal no papel de protagonista, como o escritor das nossas próprias histórias” conclui. É claro que para isso os estudantes precisam de referência e direcionamento, por isso a professora Rita de Cássia Rocha, que trabalha na Escola General Labatut, antecedeu-se e foi ao evento sozinha identificar os stands que gostaria de apresentar aos alunos.

A docente entende que um evento como a bienal é transformador para estudantes de escola pública. “O nosso trabalho é feito com poucos recursos para pessoas com vivências literárias limitada, então é de suma importância estar aqui com eles. Ao trabalhar com literaturas representativas, incluindo temas sobre o povo negro e o povo indígena noto que essas histórias reverberam positivamente no crescimento deles, afinal esse contato permite que eles se reconheçam naqueles contos”, pontua.

Essa edição da Bienal Bahia contou as mais de 100 horas de programações que abordavam sobre a cultura baiana e o mundo literário, portanto uma possível oportunidade para as crianças imerge na leitura representativa

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