Reprodução/Internet

A experiência única proporcionada pela cobertura esportiva

Por Ilary Almeida, Beatriz Marques, Amanda Lima, Katharine Giovanna e Deborah Freitas.

Histórias sobre a emoção de cobrir um jogo de futebol pela primeira vez, visões diferentes, mas envolvendo um mesmo sentimento: paixão pelo que fazem.

Entrevista – Renan Pinheiro

Entrevista – Bluthiere Lima

Entrevista – Charles Robert

Entrevista – Pablo Raphael

Entrevista – Lucas Bayer

Renan Pinheiro, repórter esportivo da TV Bahia

Para Renan Pinheiro, nascido em Serrinha na Bahia, o jornalismo não foi a sua primeira escolha. Apesar de ter vivido um momento de efervescência no mundo da ciência da computação, pensando até em trabalhar com análise de sistemas, mas no 4º mês abandonou o curso, percebendo que a comunicação poderia ter utilização melhor no jornalismo.

A comunicação sempre fez parte da sua vida, pois tem influências dentro de casa – família, pais, tios (radialistas), e com isso, acabou bebendo muito dessa fonte, iniciando sua trajetória no jornalismo com 17 anos.

No 2º semestre do curso de jornalismo, Renan já estava trabalhando, chegando a ter oportunidade na Rádio Educadora, TV Salvador, Folha Dirigida, Tropical State – a Nova Salvador, entre outros lugares.

Sua carreira na Rede Bahia começou em 2001, como estagiário, ficando até 2003. No ano de 2006, voltou para a Rede Bahia, como contratado, assumindo um desafio muito grande de levar para emissora a cultura da internet, sendo que naquela época, a internet era uma coisa distante para alguns casos, sendo coordenador de jornalismo do iBahia. Por ter tido experiências na TV Salvador, começou a ter oportunidades esporádicas de produção de reportagem em TV.

A oportunidade de trabalhar na área do esporte dentro da emissora, aconteceu em 2008, após a saída de um colega, tendo pouco tempo para responder ao chefe sobre assumir o cargo da reportagem esportiva. Acabou escolhendo pelo coração, apaixonado pelo que faz, embora estivesse com outro projeto já pavimentado na internet, mas de fato, a paixão pela comunicação direta com o público, contar história e marcar a vida das pessoas falou mais alto. As coisas se encaminharam muito bem pela repercussão da reportagem no Profissão Repórter que fez. Apresentou o Programa Bahia Esporte, que tinha o lado humano muito forte apresentando o esporte . Além disso, já fez muitas coberturas e a cobertura que mais marcou, foi a Copa do Mundo de 2014.

Por fim, é uma sensação única quando você está cobrindo um jogo, porque você é o interlocutor do evento, transmitindo para o público o que está acontecendo ao vivo. Uma adrenalina muito grande, tendo a sensação de dever cumprido renovada a cada transmissão, mesmo tendo anos fazendo esse trabalho.

Bluthiere Lima, repórter da Fla TV

Sua trajetória no jornalismo começou em um jornal da cidade de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Na época em que entrou para estagiar no Jornal São Gonçalo, largou o trabalho em um shopping para se dedicar totalmente ao estágio – em 2009, e os jornais naquela época tinham um alcance muito grande e foi ali, na redação, que se dedicou a prática nas construções dos textos. Estagiou neste jornal por 11 meses a 1 ano, até que surgiu oportunidade de estagiar na rádio Nativo FM, trabalhando na parte da promoção.

A rádio Nativa, faz parte do grupo dos Diários Associados. No setor de promoção, ficou por 5 meses, até ir para a rádio Tupi – que também faz parte do grupo dos Associados, na área do esporte. Depois de 4 meses de estágio na área esportiva, foi contratado e na época estava no 7º período da faculdade, por volta de 2010. Desde então, cobriu clubes como Botafogo, Fluminense, Vasco – que foi o clube que mais realizou coberturas, por 6 anos.

Saiu da rádio Tupi em 2016, chegando a trabalhar nas Olimpíadas para o comitê olímpico. Narrou o futebol dos cegos nas Paralimpíadas. Trabalhou também na Rádio TransAmérica, no GE e adquiriu experiências em todas as áreas em que atuou.

Em janeiro de 2022, surgiu a oportunidade de trabalhar no Flamengo. Começou fazendo reportagem e hoje é aquele que cobre o futebol do clube, viaja com o time, dividindo ônibus e avião com o elenco profissional. É jornalista profissional desde 2010 e atualmente trabalha na FlaTV, sendo repórter, apresentador e narrador.

“É uma sensação indescritível, principalmente trabalhar com o que você ama, com o que você se identifica.” disse Bluthiere.

Charles Robert, repórter, narrador

“Minha primeira cobertura esportiva foi num jogo entre São Paulo x São Caetano pelas quartas de final do campeonato paulista. 

Neste dia choveu muito em São Paulo e o trânsito estava caótico. Além da ansiedade de narrar o primeiro jogo no estádio, tive que ir de ônibus, trem, metrô e andar quase 5 km a pé para chegar até o estádio. Foi uma experiência marcante e no final pude voltar pra casa chorando de emoção pelo sonho realizado.” disse Charles.

Lucas Bayer, repórter esportivo

“A primeira grande cobertura jornalística, trabalhando com o futebol, foi na final da Copa do Brasil de 2022 disputada entre Flamengo e Corinthians, que acabou com o Flamengo campeão da edição daquele ano.

Foi uma experiência única, porque quem sonha em trabalhar com o jornalismo – independente de qual área vai atuar – sonha em estar vivendo naquele meio, conhecer as pessoas que você gosta de acompanhar na internet e na televisão.

Mesmo com os empecilhos que aparecem – independente de acontecerem nas torcidas ou times – nada consegue descrever a sensação única e inexplicável de trabalhar em um estádio, com o que você gosta, com as duas maiores torcidas do país gritando, cantando e vibrando durante todo o jogo.

O sentimento de frio na barriga, mas é necessário ter seriedade e maturidade para encarar os percalços que a cobertura jornalística vai te proporcionar.’’ ressaltou Lucas.

Pablo Raphael, repórter, escritor de site esportivo

“A minha primeira experiência como jornalista em um estádio foi durante a pandemia, em 2021. Todos ainda estavam de máscara e o mundo ainda estava voltando ao normal, ali era um recomeço de vida e de um começo de uma experiência.

Antes, no mesmo ano, eu só cobria o Fla basquete. Fiz alguns jogos de torneios nacionais e internacionais aqui no Rio de Janeiro. No mesmo ano eu migrei para o futebol, onde tive a honra de sair da arquibancada para a tribuna de imprensa.

Todos os meus antigos trabalhos eram de análises dos jogos, como as equipes se desempenhavam em quadra ou campo. Escrevia para um site esportivo e também fazia lives de pré e pós jogo. Já estou nessa caminhada há 3 anos e rumo a mais.” disse Pablo.

  1. Ótima matéria!!
    Não há dúvidas de que a cobertura esportiva consegue fazer não só o telespectador, mas todos que estão presentes narrando os fatos se sentirem mais conectados naquele momento em que a história está sendo escrita.

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