Por: Gabriela Castro, Millena Marques e Leticia Cardoso
A cultura Afropunk surgiu em meados da década de 90, nos Estados Unidos, por James Spooner, o movimento foi inspirado no punk rock. O Afropunk surgiu para quebrar preconceitos e unir minorias que eram impedidas de frequentar shows e festivais musicais na época devido a segregação racial. O festival inspira liberdade, cultura, música, arte e moda com diversas referências afrodescendentes e punk.
Impedido de curtir um dos estilos musicais favoritos, Spooner mudou-se da Califórnia para Nova York em busca de pessoas que se sentissem excluídas do cenário punk. Com essa mudança, ele encontrou o seu próprio espaço, assim como pessoas que queriam fazer um som e curtir o estilo.
Entre os dias 26 e 27 de novembro, aconteceu o maior festival de música urbana e negra da América Latina, o Afropunk. O evento que aconteceu no Parque de Exposição, em Salvador, contou com atrações como Emicida, Baco Exu do Blues, Black Pantera, Margareth Menezes, Ludmilla, Liniker, Mart´nália entre outros.Além das 20 horas de eventos, o Afropunk ofereceu serviços de maquiagem, pinturas étnicas e entretenimento digital.
Em uma entrevista concedida ao Jornalzinho, o estudante Thiago Silva relatou que ao fazer parte de um evento que protagoniza a cultura negra
“É uma sensação maravilhosa, a gente [o público] se sente completamente acolhido em todos esses eventos que são afrocentrados.A energia e a vibe é surreal, porque a gente se identifica com quem está no palco e na plateia”, comentou.
Thiago explicou que a forma como o evento foi organizado, possibilitou o acesso até o local da festa, além da locomoção dentro do ambiente ,pontos de bebidas e comidas e os demais espaços do festival de cultura negra.
Confira um pouco do que rolou durante o festival:
O grupo metal Black Pantera começou os trabalhos no palco principal “Gira”.Mesmo com as fortes chuvas, o público não deixou de se motivar por músicas de sucesso como “Padrão é o Caralho” e “ Fogo nos Racistas”. No final, o trio preparou uma pequena homenagem à saudosa Elza Soares.
Em seguida, houve a apresentação da aclamada Margareth Menezes com a participação da banda Didá- grupo de percussão feminina. A cantora agitou a plateia com os clássicos do afropop como ” O Canto da Cidade” e ” Faraó”.
Mais tarde, a brilhante, Liniker mostou que presença de palco era o que não faltava durante sua apresentação.A artista, que foi um dos destaques da noite do festival, dominou o público com o dos seus hit “Calmô” e Babay95″.A cantora foi aplaudida pelo público por causa da sua vitória no Grammy Latino 2022.