Cinco mães, com vivências diferentes, desabafam acerca de suas experiências na educação dos seus filhos.
Autoras: Aline Gama, Evellyn Teixeira, Ilary Almeida, Lara Letícia e Rosa Raquel
Ser mãe atualmente é uma responsabilidade imensa. Juntamente com o renascimento, nascem medos, desafios e preocupações. Ser mãe é um sentimento que atravessa o corpo e deixa marcas na alma. A vida de mãe é feita de erros e acertos, ser mãe não é sobre ser perfeita, não é saber tudo de repente. É sobre estar disposta a aprender e evoluir o tempo todo, crescer com os filhos e para os filhos. Ser mãe é entender, perdoar, esquecer, sofrer, renascer, sorrir e chorar, mas acima de tudo, ser mãe é aprender e entender um novo significado de amar.
Cinco mães foram entrevistadas para a construção dessa matéria: Claudinéia Anunciação, Elaine Teixeira, Lêda Senhorinha, Mirá Oliveira e Regina Dias. Mulheres que nunca se viram, mas que possuem infinitas semelhanças no processo de criação de seus filhos. Todas as cinco afirmaram que se inspiraram em suas mães na árdua tarefa maternal.
“Minha mãe se sacrificou pelos filhos dela, e se precisar eu me sacrifico pela minha”, disse Mirá Oliveira expressando sua admiração por sua mãe.
Elaine também afirmou que sua relação com sua filha se espelha na forma que se relaciona com sua mãe, todos os ensinamentos e conselhos, ela tenta passar da melhor maneira possível.
Um dos maiores desafios relatados por quatro das cinco, foi o fato de que não podiam estar mais presentes na vida dos seus filhos, pois precisavam trabalhar e estudar. Recorriam ao apoio da família e da contratação de babás. Regina e Lêda, ainda acrescentam o medo constante que sentiam das funcionárias estarem maltratando suas crianças.
“Fico triste, pois no dia a dia não estive por perto, algumas coisas não ter participado: alguma festa, algo na escola. Sempre tentei conciliar o trabalho e a vida em casa, mas tinham momentos que não dava para comparecer a um dia das mães da escola, por exemplo, isso aí é uma coisa que me deixa triste”, sentimento que Regina dividiu com a repórter.
Claudinéia contou, que trancou inúmeras vezes a faculdade de enfermagem para poder cuidar de seus dois filhos e que faria tudo de novo para que eles tenham tudo que precisam.
Diferente delas, Mirá relatou que precisou parar de trabalhar, porque não tinha rede de apoio. Sua mãe já era falecida, e seus irmãos estavam ocupados demais vivendo a própria vida, e pelo mesmo medo que Regina e Lêda sentiam, ela optou por ficar em casa. “Era apenas eu e meu marido pela nossa filha”.
Quando perguntadas suas maiores alegrias, contam que estão felizes por seus filhos estarem crescidos, educados, bem encaminhados em suas carreiras e que eles dão muito orgulho para elas.
“Os dois são independentes, se viram sozinhos, sonhadores, correm atrás do que querem e conseguem! Essa é uma das muitas alegrias que me deram.” disse Regina.
Mirá contou uma situação que a sempre faz rir bastante quando lembra: “No primeiro dia de aula, minha filha chegou em mim e disse: mamãe quero ir embora, porque eu vim para escola pra estudar e a pró só quer brincar. Ali eu pensei: essa aqui tem futuro.”
Para finalizar a entrevista, elas compartilharam conselhos que receberam quando descobriram que iam ser mães. Elaine disse que durante sua maternidade é saber que uma boa mãe sempre vai criar um bom filho, ensinando sempre para o mundo e não para si próprio. Todo o esforço de educar e ensinar, lá na frente vai estar colhendo tudo isso.
Lêda dividiu a sabedoria dela e disse que as mães podem fazer tudo o que quiserem pelos filhos, quando se tem força e determinação.