Novas disciplinas transformam a formação dos estudantes de jornalismo da Unijorge

Grade curricular do curso de jornalismo da instituição têm Audiojornalismo e Jornalismo de Dados

Por Jadson Luigi

Alunos de jornalismo da Unijorge produzindo conteúdos para o Interdisciplinar. Foto: projeto_nagô

É na sala de aula que os futuros jornalistas aprendem o exercício da sua profissão escolhida. Desenvolver os conhecimentos necessários para a arte de informar passa por um aprendizado contínuo, transversal e antenado com as novas tendências. Isso porque, faz parte da função do jornalista, apurar e checar informações, coletar materiais e dados, analisar fatos, entrevistar fontes e levar esse conteúdo em formato de notícia, matéria, reportagem ou artigos.

É função ainda do jornalista, buscar traduzir conteúdos da maneira mais clara e objetiva a toda a população, para que a mesma, munida de informações possa formar a sua opinião sobre determinado assunto. O papel da imprensa também está em fiscalizar e cobrar o poder público.

Tamanha responsabilidade para com a sociedade, exigem de um jornalista um perfil apto para realizar todas essas funções. Pensando neste desafio de formar um profissional da imprensa e aderindo às mudanças na matriz curricular dos cursos de Jornalismo empreendida pelo Ministério da Educação, o Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge) implementou uma grade curricular nova.

Professora dos cursos de Comunicação e Design da Unijorge, a jornalista Talyta Singer destaca a iniciativa da instituição de ofertar a disciplina Audiojornalismo antes da popularização dos podcasts (compartilhamento de conteúdos em formato de áudios).

“Nos empenhamos em oferecer uma formação realista – atenta às mudanças sociais e práticas profissionais emergentes balizadas pela pesquisa em comunicação. Enquanto os podcasts ainda eram uma tendência e não um padrão do mercado, a disciplina de Audiojornalismo já incorporava discussões e técnicas para formatos de áudio inovadores, para além de atender o escopo teórico e prático da tradicional disciplina de radiojornalismo”, explica a professora.

Novidade na grade curricular, a disciplina Jornalismo de Dados, busca ensinar aos estudantes como os dados podem ser uma fonte importante na apuração das reportagens. “Jornalismo de Dados é uma disciplina dessa nova grade que atende uma lacuna na formação e traz para a sala de aula dinâmicas de apuração e checagem que se tornaram comuns. É um espaço para lidar com o medo de matemática (risos), discutir pesquisa de ponta e aproveitar técnicas que estão cada vez mais acessíveis para tratar grandes e pequenos conjuntos de dados tão úteis na hora de analisar a nossa realidade tão complexa”, afirma Talyta.

De acordo com informações do Projeto Pedagógico do Curso, disponível no site da Unijorge, uma das missões da instituição é formar egressos capazes de refletir e atuar criticamente diante das demandas do mundo globalizado. Diante deste cenário, outras disciplinas que são destaques desta nova grade curricular de jornalismo são: Construção de Pensamento e Análise Política e Crítica da Mídia. 

A introdução dessas novas disciplinas ilustra o comprometimento da instituição com a formação de futuros jornalistas. “Não existe imprensa sem pensamento crítico. O jornalismo não é um conjunto de técnicas de como escrever, como analisar informação e como operar sistemas de publicação. Sem uma visão informada da realidade e uma capacidade de refletir e questionar essa realidade, o jornalismo poderia ser feito pelo ChatGPT. Essas disciplinas são essenciais para que exista espaço para discussões sobre temas contemporâneos e acompanhar a produção midiática atual. São momentos valiosos para adquirir repertório”, argumenta Singer.

Confira a grade curricular do curso de jornalismo da Unijorge e projeto pedagógico do curso. Acesse aqui.

Hoje, são muitos os caminhos disponíveis para um jornalista no mercado de trabalho. O profissional da imprensa pode atuar em redações de jornais e portais, emissoras de rádios e Televisões, assessorias de imprensa ou até mesmo na comunicação corporativa. Diante deste leque variado de possibilidades, foram criadas disciplinas: Marketing Digital e Mídias Interativas e Comunicação Corporativa. 

Sobre as habilidades e competências necessárias para a formação de um jornalista, Talyta Singer acredita que saber trabalhar em equipe é fundamental para a profissão. “Ninguém faz comunicação sozinho, ninguém vive sozinho em um planeta com quase 8 bilhões de pessoas. Temos trabalhos em equipe em muitas disciplinas, temos o Inter, que são oportunidades para aprimorar essas habilidades”, recomenda.

Ainda segundo Talyta, é preciso que os estudantes cultivem a curiosidade sobre os diversos assuntos que o jornalismo aborda. A professora ainda defende o uso das tecnologias como, por exemplo, o celular, como um aliado e não apenas como entretenimento.

”Prestem atenção em coisas diferentes, não só no cardápio pré-formatado do algoritmo. Levanta a cabeça e olha em volta. E prestem atenção no que vocês não sabem. A frase é velha, a gente só sabe que não sabe quando a gente aprende – para então perceber o quanto a gente não sabe e o quanto é necessário aprender”, finaliza.

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