Por: Julia Caroline, Larissa Falcão, Luísa Gabriela e Tarssis Pereira
Entenda como é montado o produto jornalístico e todo o percurso percorrido para que a informação chegue até o leitor.
Reprodução/Internet
Quando falamos em Jornalismo, a primeira imagem que vem em mente é o jornalismo de TV, onde é muito comum a presença de um apresentador ou repórter, que são responsáveis por levar para o lar de cada telespectador as informações do dia, o que acontece na sua cidade, no seu estado, e até no mundo. Mas, o jornalismo vai muito além da ‘telinha’, e cada vez mais, está passando por mudanças.
O trabalho do jornalista não se baseia em somente propagar a informação. Para que a informação se transforme em notícia, existe todo um passo a passo a ser seguido pelo jornalista. Alinhado a isso, o jornalista tem um desafio: se atentar ao timing da informação.
A informação chega como fato ocorrido e após passar pelo seu primeiro desafio, que é checar veracidade da informação, o jornalista a transforma em pauta.
A partir deste processo, o profissional engata na busca por fontes, sejam elas oficiais ou secundárias, que contribuem para que finalmente a informação esteja pronta para ser veiculada, seja através da TV ou por um jornal físico, no rádio ou por onde o jornalismo está se remodelando: no on-line.
Jornada de um profissional de Jornalismo
A jornada de um jornalista começa antes mesmo que ele entre no mercado de trabalho. A vida universitária nos molda para o mercado de trabalho, aprendemos na prática e na teoria ao mesmo tempo, criamos networking. Todo esse caminho é percorrido até que cheguemos até o diploma, e a partir disso, outro desafio nos aguarda: é hora de pôr em prática, tudo aquilo que escolhemos nos especializar.
Em meio aos desafios contemporâneos que cercam a carreira jornalística, conversamos com Vitória Viana, recém-formada em Comunicação Social, que traz consigo uma bagagem impressionante de experiências dentro do Jornalismo.
Vitória Viana nos contou um pouco sobre os desafios enfrentados pelos recém formados no ramo e reforça sobre a grande responsabilidade que recai sobre os ombros dos jovens profissionais “É uma grande quantidade de demandas que precisam ser atendidas, temos a necessidade de nos mantermos conectados com o meio, para então, construirmos uma rede sólida”, afirmou
Apesar de todos os perrengues, Vitória se considera abençoada por ter as suas habilidades reconhecidas e por poder colocar em prática as suas ideias. “É importante criarmos a habilidade de escrever muito, de ter aquele contato constante com a imprensa. Isso nos mostra que a perseverança e paixão pela profissão podem abrir portas mesmo em um cenário desafiador”, completou
Por fim, a jovem jornalista revelou que está confiante na busca por oportunidades, mesmo que pareçam desafiadoras, e ainda deixou uma dica para seus futuros colegas de profissão. “É extremamente importante que estejam sempre atualizados e abertos para aprender constantemente”, finalizou
A evolução do Jornalismo e o impacto causado pela pandemia do COVID-19, nos veículos de imprensa
Assim como passamos por mudanças constantes o jornalismo funciona da mesma maneira. Antes, o Jornalismo tradicional demandava uma equipe com profissionais, onde o trabalho em conjunto resultava na montagem de uma só matéria. O que vemos no Jornalismo atual, é cada vez mais o modelo do profissional de comunicação multifuncional.
Um só profissional checa a informação, entrevista as fontes, filma, fotografa, produz a matéria, e por fim, veicula a informação em forma de notícia. A rotina diária de um jornalista é marcada por uma série de desafios que surgem a cada dia, que exigem um profundo interesse pelo conhecimento, destreza ágil nas teclas e uma escuta cuidadosa das fontes de informação. O verdadeiro ‘se virar nos trinta’.
Provando mais uma vez, que o Jornalismo está em constante evolução, a pandemia do COVID-19 impactou também nos veículos de imprensa e no método de noticiar uma informação. O contato acalorado entre os profissionais e as reuniões de pauta passaram a ser limitadas a um simples SMS enviado por WhatsApp, ou até uma videoconferência. As redações físicas ficaram vazias e precisaram se adequar ao home office.
Para Andrêza Benevides, repórter da TV Santa Cruz, afiliada da TV Globo no sul da Bahia, ela não conseguiu sentir um forte impacto com a falta de jornalistas nas redações durante a pandemia, quando o jornalismo precisou ser remodelado.
“Confesso não ter sentido o impacto dessa redução de jornalistas na redação durante a pandemia, até mesmo porque a equipe de reportagem está sempre na rua, acabamos convivendo pouco na redação” contou
Mas para ela, o que foi difícil de lidar mesmo foi com a falta do contato acalorado, com seus colegas de profissão e o público. “O número de participações via web passou a ficar cada vez mais frequente e comum. O toque, o abraço e o contato direto passaram a abrilhantar nossos dias, sentimos falta desse ‘tato’ sabe?”, completou Andrêza
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